Aprender a ler significa também aprender a estabelecer vínculos entre um número cada vez maior de informações. Um bom estímulo nesse caso são obras que combinam características de gêneros diferentes (o romance histórico, por exemplo).A biblioteca de uma escola precisa de livros de diferentes naturezas, pois a diversidade representa uma grande contribuição ao enriquecimento cultural dos alunos: romances filosóficos ou históricos em que passagens importantes na história da humanidade ganham tratamento literário; depoimentos pessoais que falam sobre modos de vida em diferentes tempos e culturas; textos que compõem manuais e outras obras de referência (enciclopédias e dicionários) etc. Muito úteis na escola e fora dela, livros assim são recursos indispensáveis ao processo de aprendizagem, mas às vezes sua utilização requer um planejamento cuidadoso. Ao adotar uma obra como Volta ao mundo em 52 histórias, na qual as narrativas vêm acompanhadas de um rico aparato de informações complementares, o professor precisa estar atento para que os alunos aprendam sobre os temas tratados pelo conjunto de textos informativos, mas sem se distanciar da idéia de que a literatura é sempre, e antes de mais nada, fonte de emoção, de prazer, de diversão, de assombro, de encanto. Muitos títulos utilizam recursos literários para informar sobre determinados temas, como Histórias da Bíblia e Mistério de Natal. Outros ainda mesclam diferentes tipos de texto, como Robin Hood e os demais títulos da mesma série, ou como na Coleção Memória e História. Na série integrada por Robin Hood, podemos observar que os ilustradores se valem de obras de arte de diferentes épocas para obter os dados de que precisam ao criar as ilustrações. Como trabalhar com esses textos? Nas classes de educação infantil, as crianças estão aprendendo a aprender. O professor pode ter na sala livros que ofereçam informações próprias para alimentar as motivações que observa em seus alunos. Por exemplo, se está em curso um estudo sobre os animais de estimação, o livro A outra enciclopédia canina, com suas ilustrações variadas e seus textos bem-humorados, pode servir como desencadeador de conversas sobre os animais que as crianças têm em casa. O professor pode ainda fazer uma lista dos tipos e nomes dos bichinhos de estimação dos alunos e organizar um painel ou um álbum de fotos dos animaizinhos e seus donos, com legendas indicando o nome dos retratados. À medida que crescem e têm cada vez mais condições de vincular diferentes tipos de informação, as crianças podem ser incentivadas a ampliar seus conhecimentos com informações relacionadas a conteúdos escolares que não são necessariamente matéria de estudo. Por exemplo: conhecer a história dos números que utilizam nos exercícios de matemática, no livro Brincando com os números, ou a história da música ao longo dos tempos em Viva a música!. Para o ensino fundamental, nas primeiras séries, as pesquisas sobre temas de ciências naturais encontram ilustrações ricas em livros como ABC do zôo, uma espécie de dicionário ilustrado sobre animais do Brasil. Além de um apoio para estudos sobre a vida animal, ele pode ser um livro para o desenvolvimento de atitudes mais comprometidas com a defesa da fauna brasileira. A Coleção Quase Tudo O Que Você Queria Saber traz, ao final de cada volume, pequenas notas que indicam caminhos possíveis ao leitor, caso ele queira mais informações sobre os temas de alguma história contada no livro. O professor pode chamar a atenção dos alunos para esse fato. Já a Coleção A de Artista, da qual faz parte, por exemplo, M de Matisse, apresenta uma forma inusitada de biografia do artista e constitui um bom material de apoio para enriquecer as atividades da área de artes. Organizados em tópicos alfabéticos, são livros que trazem fatos da vida pessoal do artista, marcas da sua produção, lugares onde viveu, pessoas que influenciaram sua vida e sua obra etc. Nas classes da quinta à oitava série, biografias e contextos históricos de criação literária são conteúdos bastante pertinentes para o momento de formação do estudante e do leitor. Os alunos, já com noções de tempo histórico, podem aprender sobre a influência dos contextos históricos na produção dos escritores e construir condições de entender por que uma mesma história ganha diferentes versões ao longo dos tempos. Nos livros Histórias para aprender a sonhar e Raineke-Raposo, por exemplo, há informações sobre o ambiente histórico e as condições de produção das histórias, material precioso para esse tipo de trabalho..................................................................................................
Extraído do site www.ciadasletras.com.br - sala do professor - caderno de leiturastwitter: jamessilva1 - facebook.com/jamessilva1976 Disponibilizar e trocar contos e histórias colhidas pela tradição oral e/ou originais e adaptados. Apontar possibilidades de se trabalhar a partir dos contos com diversos públicos e capacitar novos contadores. Sao Paulo - Brasil (55 11) 96649 0952) jamessilva2012@hotmail.com
Postagens populares
-
Aluísio de Almeida O barba de ouro e a carantonha Havia um rei que tinha uma bonita barba de ouro. E um dia ele foi chamado ao quarto da rai...
-
Era linda, era filha, era única. Filha de rei. Mas de que adiantava ser princesa se não tinha com quem brincar? Sozinha, no palácio, cho...
-
Um pavão se pavoneava na beira do lago, se olhava na água e se perguntava: - Sou feio? Sou bonito? Quando via a cauda aberta em leque, t...
-
Certo dia um sapo acorda se sentindo muito estranho. Sentia uns calafrios, outra hora umas ondas de calor e já não sabia se estava alegre ou...
-
Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Aonde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo. Maria ia também. As ovelhas i...
-
Raposa é um animal muito sabido e muito bom de fazer negócios (comprar, trocar e vender coisas). Seu Tavares era um...
-
Num lugar muito bonito, onde havia árvores, flores e um lindo lago, certo dia surgiu um casulo. Quando ele se rompeu, de dentro saiu voando...
-
Um poeta foi para sua casa de praia buscar inspiração para escrever um novo livro. Seu hábito era passear pela areia toda manhã e a tarde e...
-
Vivia perto de uma aldeia um homem, um homem que era completamente sem sorte. Nada do que ele fazia dava certo. Muitas vezes ele plantava...
-
Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densa camada de gelo, muitos animais não resisti...
quinta-feira, julho 28, 2005
A Poesia das Palavras
As crianças são extremamente receptivas às quadrinhas e a todo texto que ressalte o caráter lúdico da linguagem. É preciso aproveitar a sala de aula e colocá-las em contato com ritmos e rimas, para que elas aprendam desde cedo que a língua pode estar a serviço da poesia. Quando as crianças chegam à escola, já são falantes e usuárias competentes da língua materna, tendo portanto um conhecimento implícito das regras de seu funcionamento. É o momento de transformar esse conhecimento em algo explícito, e, para isso, os professores planejam diversas situações didáticas em que possam conversar com seus alunos sobre o funcionamento da linguagem, suas regras, a língua escrita etc. No momento em que as crianças se deparam com a leitura de textos literários, surge a necessidade de lhes mostrar o uso da língua como obra de arte. Ora, assim como o artista utiliza a tinta e o pincel para pintar seus quadros, o escritor utiliza palavras para criar seus textos. É preciso colocar os alunos em situações nas quais seja possível observar e analisar a diversidade de materiais que a língua oferece, seja em termos de ritmo e sonoridade, seja em termos de significação. Descobrir que sons combinados podem deixar uma frase engraçada, que uma palavra pode modificar completamente o sentido de um texto, que a combinação de sílabas pode dar um ritmo todo especial às histórias, que uma palavra pode ter vários significados... Enfim, descobrir que a linguagem ultrapassa a barreira das regras cotidianas e se transforma no material de trabalho do escritor não só amplia o conceito de linguagem que as crianças já têm construído, como contribui para a formação de leitores mais exigentes. Embora esses recursos também estejam presentes em todos os tipos de texto literário, nos poemas e quadrinhas eles ganham destaque especial. Por essa razão, é importante que em alguns momentos do trabalho a atenção dos alunos seja voltada especificamente para o universo das poesias e textos ritmados. A leitura de poemas e quadrinhas é uma atividade que possibilita infinitas observações: a rima, o uso dos fonemas, a brincadeira com o significado das palavras, a disposição gráfica do texto na folha de papel... As crianças entre 3 e 6 anos, que freqüentam as classes de educação infantil, têm muita sensibilidade no que diz respeito à sonoridade das palavras; por isso, brincadeiras com os sons da língua agradam muito e possibilitam inúmeras atividades. Entre 3 e 5 anos, como as crianças ainda não lêem convencionalmente, o professor pode, por exemplo, ler os poemas de Fora da gaiola, Girassóis e Bem-te-vi algumas vezes durante um período, para que elas possam conhecê-los bem. Na seqüência, pode propor que cada uma escolha o poema que gostaria de recitar para os colegas durante uma roda de leituras. Pode ser solicitado aos pais que ajudem na tarefa de memorização e, para isso, será preciso que cada criança tenha em casa seu próprio exemplar do livro. O "recital" preparado pela classe pode ser realizado também para outras turmas. Entre 5 e 6 anos as próprias crianças já são capazes de inventar quadrinhas usando rimas. Podem tentar criar um ritmo para pequenos poemas já conhecidos pela sala, como os que integram A arca de Noé; podem marcar com palmas o ritmo de poemas lidos; podem relacionar quadrinhas conhecidas ao nome ou apelido de colegas. Para tanto, o professor deve instruí-las a pensar nos sons dos nomes dos colegas procurando descobrir quadrinhas que combinem com eles. Nas primeiras séries do ensino fundamental o professor pode incluir uma atividade permanente na rotina - o "Minuto da poesia" -, na qual cada aluno apresenta para os colegas um poema que goste de ouvir e ler. É importante estimular os alunos a justificar sua escolha com apreciações do tipo "gostei porque tem rimas engraçadas", "achei diferente porque é um poema que não tem rimas". Pode-se também organizar uma coletânea de poemas para que os alunos os classifiquem segundo critérios como: bloco dos poemas que têm rimas, bloco dos poemas que não têm rimas, bloco dos poemas que são divididos em versos, bloco dos poemas narrativos etc. A partir da terceira série é possível incentivar os alunos a escrever seus próprios poemas e depois lançá-los em um "Livro de poemas", que passará a fazer parte do acervo da biblioteca da escola. Entre a quinta e a oitava série os alunos já têm, geralmente, uma competência maior no exercício da escrita, sendo capazes, portanto, de enfrentar desafios maiores na produção de textos e também de utilizar seus conhecimentos sobre o funcionamento da língua para justificar o que escrevem. Já podem estudar as rimas (pobres e ricas; cruzadas, interpoladas), os versos, a distribuição das estrofes e versos (em formas clássicas como o soneto, por exemplo), o ritmo, a sonoridade (aliteração), o uso das figuras de linguagem. Nessa etapa da escolaridade, uma boa proposta pode ser a elaboração de um livro de poemas narrativos no qual os alunos utilizem os recursos aprendidos. Nesse trabalho será possível:
Reunir poemas narrativos de vários autores.
Observar quais recursos expressivos são utilizados por eles.
Organizar antologias dos poemas de que a classe mais gostou ou de determinados autores.
Compartilhar com os colegas leituras de poemas de um autor predileto. No decorrer dessas leituras, os alunos podem produzir seus próprios poemas e compará-los com outros; podem também revisá-los à luz dos conhecimentos adquiridos. O livro Mamãe Gansa, que traz uma história bastante difundida entre as crianças, é um instrumento interessante para os primeiros passos de um projeto de trabalho como o proposto.
Reunir poemas narrativos de vários autores.
Observar quais recursos expressivos são utilizados por eles.
Organizar antologias dos poemas de que a classe mais gostou ou de determinados autores.
Compartilhar com os colegas leituras de poemas de um autor predileto. No decorrer dessas leituras, os alunos podem produzir seus próprios poemas e compará-los com outros; podem também revisá-los à luz dos conhecimentos adquiridos. O livro Mamãe Gansa, que traz uma história bastante difundida entre as crianças, é um instrumento interessante para os primeiros passos de um projeto de trabalho como o proposto.
.........................................................................................................
Extraído do site www.ciadasletras.com.br - sala do professor - caderno de leituras
Extraído do site www.ciadasletras.com.br - sala do professor - caderno de leituras
sexta-feira, julho 01, 2005
A reinvenção das histórias
Não há história que só possa ser contada de uma única maneira. Mas, então, se de algum modo ela é alterada, continua a ser a mesma história? Reinventar histórias conhecidas aguça a percepção de que o mundo é feito de múltiplos pontos de vista.Quanto mais antiga a história, maior o número de versões que ela provavelmente terá. Pois, afinal, sabemos muito bem que "quem conta um conto aumenta um ponto". Os contos dos irmãos Grimm e de Andersen, por exemplo, são fruto de uma longa pesquisa de histórias populares, de narrativas da tradição oral que foram sofrendo alterações no decorrer do tempo. Hoje encontramos incontáveis versões para os contos mais consagrados que eles recolheram e compilaram. Esse é um tema interessante para discutir com as crianças na escola. Alguns livros, no entanto, se propõem algo mais inovador em relação à diversidade dos modos de contar: pretendem transgredir histórias muito conhecidas, operar recriações. É, por exemplo, o que Flavio de Souza faz em sua obra Que história é essa?, na qual conta histórias bem conhecidas, porém adotando o ponto de vista de personagens secundários que, muitas vezes, têm pouca participação no enredo da versão original. Outro livro em que algo semelhante acontece é A verdadeira história dos Três Porquinhos, de Jon Scieszka: ali o Lobo Mau narra a sua versão dos fatos, provocando, com isso, certa dúvida no leitor quanto à veracidade do que foi relatado em uma ou outra versão desse clássico da literatura infantil. Discutir com as crianças essas estratégias de criação amplia bastante seu olhar para as histórias e pode apontar novos caminhos de produção escrita. Nas classes de educação infantil é aconselhável apresentar e ler, ao longo de uma semana, várias versões de uma mesma história e em seguida perguntar às crianças sobre as diferenças e semelhanças percebidas entre elas. Depois pode-se sugerir que elas criem oralmente finais diferentes para os contos, produzindo versões do grupo. Pode-se também propor que alterem as aventuras vividas pelos personagens ou que incluam alguns novos, de tal forma que estes tomem parte nas ações relatadas. Com os alunos maiores, nas classes iniciais do ensino fundamental, é possível ampliar consideravelmente o trabalho. O professor pode sugerir a leitura de textos escritos do ponto de vista de outros personagens (como ocorre nos dois títulos mencionados antes) e discutir coisas muito interessantes. Pode, pouco a pouco, auxiliar seus alunos a considerarem pontos de vista diferentes: Será que existe sempre o bonzinho e o malvado? Cada personagem não terá tido suas razões para agir como agiu? Afinal de contas, o lobo precisa se alimentar de algo, é um animal carnívoro... Esse trabalho pode ajudar inclusive a discutir questões de ética, o que é tão importante na educação das crianças. Outras propostas de trabalho podem sugerir novas transgressões. Para isso, será necessário que o professor apóie a criação das diferentes versões, fazendo perguntas como esta: Agora quem quer ser a vovó da Chapeuzinho e contar a história como ela viu? O adulto deverá também dar sugestões que encorajem os alunos a acrescentar fatos e informações novas à narrativa conhecida; por exemplo: O que será que os caçadores estavam fazendo antes de entrar na história? Outros exemplos:
Alterar as características dos personagens e imaginar as implicações disso: como seria a história de Cinderela se ela fosse uma moça muito chata?
Introduzir modificações no enredo da narrativa original e, a partir disso, criar uma nova continuidade para ela: se João e Maria nunca tivessem encontrado uma casa feita de doces...
Acrescentar personagens de outros contos ou personalidades da atualidade em um conto consagrado: imagine que a Fera foi ao baile da Cinderela. Como a história ficaria?
Registrar encontros de personagens de dois ou mais contos distintos no decorrer de suas histórias: em que momento a Polegarzinha e o valente Soldadinho de Chumbo poderiam se encontrar? Como poderia ser esse encontro? O que eles diriam um ao outro?
É importante ter em mente que as crianças só poderão fazer as transgressões sugeridas e outras que poderão ser imaginadas se puderem ler e ouvir muitas histórias. Para que se sintam autorizadas e encorajadas a recriar narrativas consagradas, é preciso que tenham uma "biblioteca mental", um bom estoque narrativo na cabeça.Com as crianças maiores, da quinta à oitava série, a discussão pode ser mais aprofundada e as transgressões propostas a elas ainda mais elaboradas do que as anteriores. É possível, nessa faixa etária, propor que escrevam uma outra história, mas com os mesmos personagens vivendo situações semelhantes. Ou seja, a função deles dentro da trama não poderia ser modificada, apenas o contexto em que se encontram. Outra idéia é propor que pensem em transgressões livremente, desde que a história original possa ser facilmente identificada. Eles podem também ser solicitados a escrever diálogos entre personagens de uma mesma história, utilizando argumentos eficientes e eventualmente sugerindo, por meio do desfecho pensado para a conversação, novos rumos para o enredo das histórias conhecidas. Outra proposta é a reescrita de histórias conhecidas num contexto histórico e social diferente do usual, enfocando, por exemplo, problemas das grandes cidades brasileiras: Como se poderia reescrever a história de Pinóquio falando de seqüestro ou roubo de crianças? Que história poderia ser recontada enfocando a Aids, as drogas ou a prostituição? Além disso, podemos oferecer aos estudantes mais velhos informações sobre o contexto social em que várias versões de uma mesma história foram criadas, a fim de que compreendam algumas razões das diferenças entre elas.
Alterar as características dos personagens e imaginar as implicações disso: como seria a história de Cinderela se ela fosse uma moça muito chata?
Introduzir modificações no enredo da narrativa original e, a partir disso, criar uma nova continuidade para ela: se João e Maria nunca tivessem encontrado uma casa feita de doces...
Acrescentar personagens de outros contos ou personalidades da atualidade em um conto consagrado: imagine que a Fera foi ao baile da Cinderela. Como a história ficaria?
Registrar encontros de personagens de dois ou mais contos distintos no decorrer de suas histórias: em que momento a Polegarzinha e o valente Soldadinho de Chumbo poderiam se encontrar? Como poderia ser esse encontro? O que eles diriam um ao outro?
É importante ter em mente que as crianças só poderão fazer as transgressões sugeridas e outras que poderão ser imaginadas se puderem ler e ouvir muitas histórias. Para que se sintam autorizadas e encorajadas a recriar narrativas consagradas, é preciso que tenham uma "biblioteca mental", um bom estoque narrativo na cabeça.Com as crianças maiores, da quinta à oitava série, a discussão pode ser mais aprofundada e as transgressões propostas a elas ainda mais elaboradas do que as anteriores. É possível, nessa faixa etária, propor que escrevam uma outra história, mas com os mesmos personagens vivendo situações semelhantes. Ou seja, a função deles dentro da trama não poderia ser modificada, apenas o contexto em que se encontram. Outra idéia é propor que pensem em transgressões livremente, desde que a história original possa ser facilmente identificada. Eles podem também ser solicitados a escrever diálogos entre personagens de uma mesma história, utilizando argumentos eficientes e eventualmente sugerindo, por meio do desfecho pensado para a conversação, novos rumos para o enredo das histórias conhecidas. Outra proposta é a reescrita de histórias conhecidas num contexto histórico e social diferente do usual, enfocando, por exemplo, problemas das grandes cidades brasileiras: Como se poderia reescrever a história de Pinóquio falando de seqüestro ou roubo de crianças? Que história poderia ser recontada enfocando a Aids, as drogas ou a prostituição? Além disso, podemos oferecer aos estudantes mais velhos informações sobre o contexto social em que várias versões de uma mesma história foram criadas, a fim de que compreendam algumas razões das diferenças entre elas.
..............................................................................................................
Extraído da revista eletrônica "Sala do Professor - Caderno de Leituras")
Extraído da revista eletrônica "Sala do Professor - Caderno de Leituras")
Como criar personagens?
Para o desenvolvimento de uma competência narrativa, é preciso desde cedo estimular os alunos a observar a caracterização dos personagens, a ver como eles são construídos, como agem, como teriam agido se não fossem como são.Quando as crianças chegam ao momento de escolaridade em que, já alfabetizadas e com conhecimentos suficientes sobre a linguagem escrita, podem escrever suas próprias histórias, as situações envolvendo a criação de textos narrativos se multiplicam. Se o professor deseja que seus alunos escrevam histórias originais, deve lembrar que um dos problemas que eles enfrentarão será decidir que personagens vão viver as tramas imaginadas. Deve também levar em conta que essa escolha dependerá do enredo que for criado por eles. A tarefa não é simples. O êxito depende da quantidade e da qualidade das informações e dos conhecimentos que cada aluno possui sobre o que caracteriza uma história bem contada, que personagens são adequados a determinado tipo de narrativa, por que são adequados ou não e, ainda, de que forma se pode introduzi-los, caracterizá-los etc. O conhecimento necessário para o desenvolvimento dessa competência narrativa não é espontâneo: começa muito cedo, quando, ainda pequenas, as crianças ouvem as primeiras histórias em casa, lidas ou contadas por pessoas da família. Nas classes de educação infantil, entre 3 e 6 anos, os momentos em que os professores lêem histórias são geralmente diários. As histórias lidas ou contadas podem ser selecionadas tendo por objetivo a composição de um universo de personagens que os alunos sejam capazes de conhecer, comparar, transformar, reconstruir. Com crianças de 3 e 4 anos podemos conversar, por exemplo, sobre as bruxas que aparecem em diferentes histórias, ou sobre as armas e os poderes de diferentes heróis. A partir de 5 e 6 anos, o professor pode criar situações em que os alunos tenham de identificar uma história conhecida, porém contada por um personagem e não pelo narrador, ou, então, com o foco da narrativa colocado em um personagem secundário. No livro Que história é essa?, Flavio de Souza utiliza esse recurso para recontar histórias conhecidas, como "A roupa nova do rei". É importante não desvincular esses desafios do prazer que o contato com os textos provoca, isto é, o professor não deve "dar aulas sobre personagens", mas falar sobre eles, sempre estabelecendo relações com as narrativas lidas. Quando os alunos chegam às primeiras séries do ensino fundamental e já sabem escrever convencionalmente, as possibilidades de trabalho se ampliam. A criação de uma galeria de personagens mostra-se uma estratégia fecunda.Histórias tradicionais na literatura infanto-juvenil como as reunidas no Livro de histórias ou nos Contos de Grimm permitem conhecer uma coleção de personagens de valor inestimável para a formação literária dos alunos em diferentes idades. Por isso, podem e devem ser lidas em diferentes momentos da escolaridade. A leitura dos livros da Coleção Quase Tudo O Que Você Queria Saber também pode contribuir para o desenvolvimento de seqüências didáticas que organizem, durante alguns dias, momentos em que os alunos realizem atividades como estas:
Levantamento das histórias e personagens preferidos pela classe. Seleção de outras histórias que contenham personagens semelhantes.
Comparação e caracterização dos personagens dessas histórias para o estabelecimento de uma tipologia. Comparar personagens relacionados à vida escolar, como os que aparecem em A professora de desenho e Estátua!, pode ser divertido e proporcionar boas condições para esse exercício.
Escolha (individual ou em duplas) de um entre os personagens estudados. Criação de um texto que descreva um novo personagem desse tipo. Por exemplo, se o escolhido for bruxa, os alunos elaboram por escrito uma descrição das características físicas e de comportamento da nova bruxa. Depois de escolhido um nome para ela, criam um desenho que ilustre a imagem descrita no texto.
Nesse momento, é interessante promover situações de pesquisa de expressões faciais observáveis nas ilustrações dos personagens estudados. Os alunos devem relacioná-las aos sentimentos dos personagens descritos no texto. Os textos e as ilustrações dos alunos podem depois compor um livro de personagens ou uma exposição. No segmento da quinta à oitava série os alunos já podem enfrentar desafios mais complexos, como introduzir novos personagens em uma trama já conhecida, fazer versões pessoais para histórias clássicas, criar histórias a partir de duplas ou tríades de personagens propostas pelo professor: príncipe/ovelha/feiticeiro, bruxa/ cavalo/princesa, rainha/golfinho/palhaço etc. Durante esse trabalho, a leitura de Era uma vez no futuro, por exemplo, pode ser interessante para incentivar a criação de enredos em que personagens de histórias antigas invadem a vida contemporânea. Alunos de séries superiores (as últimas do ensino fundamental e as do ensino médio) podem ser convidados a investigar e diferenciar o mundo social e seus personagens, tal como eles aparecem nas histórias que são escritas, lidas e contadas para crianças pequenas. Analisar e diferenciar a rede de relações entre os personagens de histórias como As aventuras de Pedro, o Coelho, as Fábulas de Esopo ou Domingão jóia, por exemplo, pode desafiá-los a pensar os aspectos ideológicos que intervêm no trabalho dos escritores.
Levantamento das histórias e personagens preferidos pela classe. Seleção de outras histórias que contenham personagens semelhantes.
Comparação e caracterização dos personagens dessas histórias para o estabelecimento de uma tipologia. Comparar personagens relacionados à vida escolar, como os que aparecem em A professora de desenho e Estátua!, pode ser divertido e proporcionar boas condições para esse exercício.
Escolha (individual ou em duplas) de um entre os personagens estudados. Criação de um texto que descreva um novo personagem desse tipo. Por exemplo, se o escolhido for bruxa, os alunos elaboram por escrito uma descrição das características físicas e de comportamento da nova bruxa. Depois de escolhido um nome para ela, criam um desenho que ilustre a imagem descrita no texto.
Nesse momento, é interessante promover situações de pesquisa de expressões faciais observáveis nas ilustrações dos personagens estudados. Os alunos devem relacioná-las aos sentimentos dos personagens descritos no texto. Os textos e as ilustrações dos alunos podem depois compor um livro de personagens ou uma exposição. No segmento da quinta à oitava série os alunos já podem enfrentar desafios mais complexos, como introduzir novos personagens em uma trama já conhecida, fazer versões pessoais para histórias clássicas, criar histórias a partir de duplas ou tríades de personagens propostas pelo professor: príncipe/ovelha/feiticeiro, bruxa/ cavalo/princesa, rainha/golfinho/palhaço etc. Durante esse trabalho, a leitura de Era uma vez no futuro, por exemplo, pode ser interessante para incentivar a criação de enredos em que personagens de histórias antigas invadem a vida contemporânea. Alunos de séries superiores (as últimas do ensino fundamental e as do ensino médio) podem ser convidados a investigar e diferenciar o mundo social e seus personagens, tal como eles aparecem nas histórias que são escritas, lidas e contadas para crianças pequenas. Analisar e diferenciar a rede de relações entre os personagens de histórias como As aventuras de Pedro, o Coelho, as Fábulas de Esopo ou Domingão jóia, por exemplo, pode desafiá-los a pensar os aspectos ideológicos que intervêm no trabalho dos escritores.
.................................................................................................................
Extráido da revista eletrônica "Sala do Professor - Caderno de Leituras")
Extráido da revista eletrônica "Sala do Professor - Caderno de Leituras")
Os textos que contam histórias
Um mesmo livro pode conter textos de ficção e de não-ficção, textos "inventados" e textos "verdadeiros". Por explicitarem essa distinção entre o mundo imaginário e a realidade histórica, permitem que o leitor experimente uma proximidade maior com o universo retratado neles.
Para que os alunos aprendam a se tornar usuários da escrita, é preciso que convivam com ela em circunstâncias diversas, marcadas por diferentes propósitos comunicativos. Por isso é que as situações de produção e interpretação de textos na escola devem ser "verdadeiras", isto é, tanto quanto possível semelhantes àquelas praticadas na vida "real", fora da escola, no dia-a-dia dos cidadãos. Livros que contenham diferentes tipos de texto, em contextos de uso adequados, devem fazer parte da biblioteca da classe. Uma mesma história pode ser contada usando-se, por exemplo, cartas, cronologias, biografias, legendas, informes etc., os quais são organizados pelo autor para complementar a trama da história que ele está narrando. Esse processo pode ser exemplificado com Tudo é semente. Esse livro, que se complementa pela beleza das ilustrações, reúne diversos tipos de texto. Dividido em três partes, inicia-se com uma narração, acompanhada de ilustrações que retratam as páginas de um diário. Vale lembrar que essas ilustrações, por sua vez, são acompanhadas de um outro tipo de texto: as legendas. A seguir é apresentada a história que dá título ao livro e, por fim, há uma cronologia de um personagem real que, através da narrativa que a obra nos dá a conhecer, misturou-se ao mundo fictício. Embora estejam a serviço de um mesmo enredo, esses textos diferem segundo a função que exercem: o literário conta a história, enquanto os informativos ensinam sobre o tempo, o lugar, o modo de vida em que a história está ambientada etc. Nas classes de educação infantil, os alunos estão se aproximando do mundo dos textos e mergulhando nele. Estão aprendendo a adequar o uso desses textos em situações realmente comunicativas. Entre 3 e 4 anos, é importante que o professor conheça o que os alunos sabem sobre o uso de cartas, bilhetes, notícias etc. No livro A verdadeira história dos Três Porquinhos, o clássico conto do Lobo Mau ganha nova versão, na qual há recortes de jornal que podem ser apontados como portadores de textos que se referem à história. O professor deve chamar a atenção dos alunos para esse aspecto, identificando as diferenças entre um texto e outro. Já aos 5 e 6 anos, a produção de legendas para ilustrações dos livros é uma ótima possibilidade de aprendizagem de um tipo de texto que não é literário, mas que se refere diretamente à história lida para o grupo. Os alunos podem ser convidados tanto para legendar imagens, como para construir pequenos textos informativos sobre aspectos de uma história que aparecem nas ilustrações mas não no texto - por exemplo, as expressões faciais de um personagem, seu tipo de roupa, a forma do mobiliário de um ambiente etc. Em As experiências de Tíbio e Perônio há uma divertida reunião de narrativas, balões de diálogo como nas histórias em quadrinhos e muitas ilustrações legendadas, o que faz desse livro um bom modelo para a produção desse tipo de texto aplicado a ilustrações contidas em outra obra. Nas primeiras séries do ensino fundamental, brincar de se comunicar com os personagens dos contos de fadas, escrevendo para eles ou sobre eles, pode render um rico trabalho de produção escrita. Uma proposta fecunda é sugerir aos alunos que escrevam cartas ou bilhetes para personagens de histórias conhecidas, comunicando-lhes a respeito de perigos que irão enfrentar, indagando deles sobre como puderam escapar de situações perigosas ou, ainda, questionando como se sentiram diante delas. Dois exemplos:
Escrever a Chapeuzinho Vermelho aconselhando-a sobre o que pode lhe ocorrer caso opte por percorrer o caminho não recomendado por sua mãe.
Redigir uma carta endereçada a Cinderela, perguntando, entre outras coisas, o que lhe passou pela cabeça quando ouviu soarem as doze badaladas do relógio. Em Vice-versa ao contrário - uma coletânea de novas versões para narrativas conhecidas - ao reinventar a história do conde Drácula, Heloisa Prieto cria uma correspondência entre dois personagens inventados por ela. O tema principal das cartas é o mistério que cerca o famoso vampiro, o que resulta numa "brincadeira" divertida. O professor pode propor aos alunos algo semelhante, com personagens de narrativas que tenham sido trabalhadas em classe. É interessante observar que nesse mesmo livro há outro tipo de texto: os boxes com informação sobre os autores dos contos originais e uma síntese da versão original. Para as classes da quinta à oitava série, a proposta é produzir textos informativos cujo tema seja "irreal", porque vinculado diretamente ao mundo da fantasia, mas capaz de dar suporte à compreensão da história. Três sugestões: "A moda na era Cinderela", "Os fatos mais marcantes nos 100 anos de sono da princesa Aurora", "As receitas de Branca de Neve para deleite dos anões". Outra situação interessante em que textos diversos se casam com textos literários é a de escrever a biografia de um personagem dos contos clássicos. Na série de livros da coleção composta por Drácula, Robin Hood, Beleza Negra, O Corcunda de Notre-Dame e O médico e o monstro, a história desses personagens é acompanhada de informações sobre a vida cotidiana no tempo em que eles teriam vivido, bem como de ilustrações legendadas, cronologias, linhas do tempo e outros textos que mesclam a ficção e a realidade, a imaginação e a história, permitindo assim que o leitor experimente uma proximidade maior com o universo retratado nessas obras.
Para que os alunos aprendam a se tornar usuários da escrita, é preciso que convivam com ela em circunstâncias diversas, marcadas por diferentes propósitos comunicativos. Por isso é que as situações de produção e interpretação de textos na escola devem ser "verdadeiras", isto é, tanto quanto possível semelhantes àquelas praticadas na vida "real", fora da escola, no dia-a-dia dos cidadãos. Livros que contenham diferentes tipos de texto, em contextos de uso adequados, devem fazer parte da biblioteca da classe. Uma mesma história pode ser contada usando-se, por exemplo, cartas, cronologias, biografias, legendas, informes etc., os quais são organizados pelo autor para complementar a trama da história que ele está narrando. Esse processo pode ser exemplificado com Tudo é semente. Esse livro, que se complementa pela beleza das ilustrações, reúne diversos tipos de texto. Dividido em três partes, inicia-se com uma narração, acompanhada de ilustrações que retratam as páginas de um diário. Vale lembrar que essas ilustrações, por sua vez, são acompanhadas de um outro tipo de texto: as legendas. A seguir é apresentada a história que dá título ao livro e, por fim, há uma cronologia de um personagem real que, através da narrativa que a obra nos dá a conhecer, misturou-se ao mundo fictício. Embora estejam a serviço de um mesmo enredo, esses textos diferem segundo a função que exercem: o literário conta a história, enquanto os informativos ensinam sobre o tempo, o lugar, o modo de vida em que a história está ambientada etc. Nas classes de educação infantil, os alunos estão se aproximando do mundo dos textos e mergulhando nele. Estão aprendendo a adequar o uso desses textos em situações realmente comunicativas. Entre 3 e 4 anos, é importante que o professor conheça o que os alunos sabem sobre o uso de cartas, bilhetes, notícias etc. No livro A verdadeira história dos Três Porquinhos, o clássico conto do Lobo Mau ganha nova versão, na qual há recortes de jornal que podem ser apontados como portadores de textos que se referem à história. O professor deve chamar a atenção dos alunos para esse aspecto, identificando as diferenças entre um texto e outro. Já aos 5 e 6 anos, a produção de legendas para ilustrações dos livros é uma ótima possibilidade de aprendizagem de um tipo de texto que não é literário, mas que se refere diretamente à história lida para o grupo. Os alunos podem ser convidados tanto para legendar imagens, como para construir pequenos textos informativos sobre aspectos de uma história que aparecem nas ilustrações mas não no texto - por exemplo, as expressões faciais de um personagem, seu tipo de roupa, a forma do mobiliário de um ambiente etc. Em As experiências de Tíbio e Perônio há uma divertida reunião de narrativas, balões de diálogo como nas histórias em quadrinhos e muitas ilustrações legendadas, o que faz desse livro um bom modelo para a produção desse tipo de texto aplicado a ilustrações contidas em outra obra. Nas primeiras séries do ensino fundamental, brincar de se comunicar com os personagens dos contos de fadas, escrevendo para eles ou sobre eles, pode render um rico trabalho de produção escrita. Uma proposta fecunda é sugerir aos alunos que escrevam cartas ou bilhetes para personagens de histórias conhecidas, comunicando-lhes a respeito de perigos que irão enfrentar, indagando deles sobre como puderam escapar de situações perigosas ou, ainda, questionando como se sentiram diante delas. Dois exemplos:
Escrever a Chapeuzinho Vermelho aconselhando-a sobre o que pode lhe ocorrer caso opte por percorrer o caminho não recomendado por sua mãe.
Redigir uma carta endereçada a Cinderela, perguntando, entre outras coisas, o que lhe passou pela cabeça quando ouviu soarem as doze badaladas do relógio. Em Vice-versa ao contrário - uma coletânea de novas versões para narrativas conhecidas - ao reinventar a história do conde Drácula, Heloisa Prieto cria uma correspondência entre dois personagens inventados por ela. O tema principal das cartas é o mistério que cerca o famoso vampiro, o que resulta numa "brincadeira" divertida. O professor pode propor aos alunos algo semelhante, com personagens de narrativas que tenham sido trabalhadas em classe. É interessante observar que nesse mesmo livro há outro tipo de texto: os boxes com informação sobre os autores dos contos originais e uma síntese da versão original. Para as classes da quinta à oitava série, a proposta é produzir textos informativos cujo tema seja "irreal", porque vinculado diretamente ao mundo da fantasia, mas capaz de dar suporte à compreensão da história. Três sugestões: "A moda na era Cinderela", "Os fatos mais marcantes nos 100 anos de sono da princesa Aurora", "As receitas de Branca de Neve para deleite dos anões". Outra situação interessante em que textos diversos se casam com textos literários é a de escrever a biografia de um personagem dos contos clássicos. Na série de livros da coleção composta por Drácula, Robin Hood, Beleza Negra, O Corcunda de Notre-Dame e O médico e o monstro, a história desses personagens é acompanhada de informações sobre a vida cotidiana no tempo em que eles teriam vivido, bem como de ilustrações legendadas, cronologias, linhas do tempo e outros textos que mesclam a ficção e a realidade, a imaginação e a história, permitindo assim que o leitor experimente uma proximidade maior com o universo retratado nessas obras.
.................................................................................................................
Extraído da publicação eletrônica "Sala do Professor - Caderno de Leituras")
Extraído da publicação eletrônica "Sala do Professor - Caderno de Leituras")
Assinar:
Postagens (Atom)