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terça-feira, novembro 23, 2004

Alguns toques para Contar Histórias”

Estabelecendo diferenças entre os tipos de histórias :

Sagas: contam a história de um povo, seus feitos heróicos e suas lutas.

Lendas: narram histórias que supostamente se baseiam em fatos reais culturais.

Fábulas: tem intenção pedagógica, tendo sempre um final com fundo moral. Na maioria das vezes as personagens são animais que assumem atitudes humanas.

Contos: são narrativas simples, repletas de símbolos. Propõem em situações inusitadas, conflitos do dia-a dia, geralmente solucionados de forma satisfatória, criando assim, uma segurança que pode ser alcançada quando o receptor se deparar com um problema semelhante.

Por que contar histórias?

Ouvir histórias proporciona gosto pela leitura. O ouvinte irá imaginar tudo aquilo que está ouvindo, e “fabular”, ou seja, criar de uma forma individual aquilo que está sendo ouvido pelo grupo (transformando o que ouve em imagem). A partir daí vai interessar-se pela origem daquela história, e buscar outras, tomando contato com a literatura, e fazendo-se contador de histórias também.
Segundo Elite Ribeiro Valotto, “...As histórias são um poderoso recurso de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral que pode ser utilizado como recurso auxiliar da manutenção da saúde mental do indivíduo em crescimento.(...) As histórias recreiam, distraem, descarregam as tensões, aliviam sobrecargas emocionais e auxiliam muitas vezes , a resolver conflitos emocionais próprios...” (1998, p. 16)

Como contar?

“Para se contar uma história é necessário que se possua um mínimo de habilidade natural ou adquirida através do treino e conhecimento técnico. Um bom contador de histórias deve:
- Gostar da história que irá contar;
- Levar em consideração a idade dos ouvintes;
- Conhecer e estudar bem a história para ter autonomia durante o relato, até para improvisações se necessário for;
- Providenciar ilustrações;
- Preparar o ambiente de narração, levando todos à calma e a uma condição de conforto e aconchego que propiciem a atividade;
- Provocar emoção;
- Ter presente que, sempre respeitando o grau de estímulo das crianças, as histórias podem se transformar em subsídios para uma continuidade de atividades além da história.” (Valotto, 1998, p. 18)

Alguns toques importantes:

- Para ser um bom contador é preciso ser um bom escutador também;
- Cenários e fantasias podem ser utilizados para ilustrar a história, mas são opcionais, pois, se você acreditar que é um Rei, não vai precisar usar um manto ou coroa, as crianças vão acreditar que você é um Rei.
- NÃO TER VERGONHA;
- Ter estilo próprio (não se preocupar em imitar alguém)

Referência Bibliográfica e dica de leitura:

VALOTTO, Elite Ribeiro. Contando e encantando, Ed. Ave Maria. São Paulo. 2.ed.
1998.

COELHO, Betty. Contar histórias, uma arte sem idade.Ed. Ática. São Paulo, 1991.



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