Era uma vez uma ovelha chamada Maria. Aonde as outras ovelhas iam, Maria ia também. As ovelhas iam para baixo. Maria ia também. As ovelhas iam para cima. Maria ia também.
Maria ia sempre com as outras.
Um dia, todas as ovelhas foram para o Pólo Sul. Maria foi também. Ai! Que lugar frio! As ovelhas pegaram uma gripe!!! Maria pegou uma gripe também. Atchim!
Depois, todas as ovelhas foram para o deserto. Maria foi também. Ai que lugar quente! As ovelhas desmaiaram. Maria também. Uf!Puf!
Um dia todas as ovelhas resolveram comer salada de jiló. Maria comia também. Que horror! Foi, quando, de repente, Maria pensou: “Se eu não gosto de jiló, por que é que eu tenho de comê-lo?”.
Maria pensou, suspirou, mas continuou fazendo o que as outras faziam.
Até que as ovelhas resolveram pular do alto da montanha para dentro da lagoa. Todas as ovelhas pularam.
Pulava uma ovelha, não caía na lagoa, caía na pedra, quebrava o pé e chorava: mé!
E assim, quarenta e duas ovelhas pularam, quebraram o pé e choraram: mé! mé!
Chegou a vez de Maria pular. Ela deu uma requebrada, entrou num restaurante e comeu uma feijoada.
Agora, mé, Maria vai para onde caminha o seu pé.
( Livre Adaptação de Maria-vai-com-as-outras de Sylvia Orthof)
twitter: jamessilva1 - facebook.com/jamessilva1976 Disponibilizar e trocar contos e histórias colhidas pela tradição oral e/ou originais e adaptados. Apontar possibilidades de se trabalhar a partir dos contos com diversos públicos e capacitar novos contadores. Sao Paulo - Brasil (55 11) 96649 0952) jamessilva2012@hotmail.com
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terça-feira, novembro 30, 2004
O Rouxinol e a Rosa (Oscar Wilde)
- Ela disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse rosas vermelhas – lastimou-se o jovem Estudante -, porém em todo o meu jardim não existe uma única rosa vermelha.
De seu ninho no grande carvalho o Rouxinol ouviu-o, olhou por entre as folhagens e ficou pensando.
- Nem uma única rosa vermelha em todo meu jardim! – chorou o Estudante, e seus lindos olhos ficaram marejados de lágrimas. – Ai, como a felicidade depende de pequenas coisas! Já li tudo que escreveram os homens mas sábios, conheço todos os segredos da filosofia, mas por falta de uma rosa vermelha minha vida esta desgraçada.
- Finalmente encontro um verdadeiro amante – disse o Rouxinol. – Tenho cantado esse ser noite após noite, mesmo sem conhecê-lo: noite após noite contei sua história às estrelas, e só agora o encontrei. Seus cabelos são escuros como a flor de jacinto, e seus lábios rubros como a rosa de seus desejos, porém a paixão tornou seu rosto pálido como marfim e a tristeza selou sua testa.
- O Príncipe dá um baile amanhã à noite – murmurou o jovem Estudante -, e o meu amor estará entre os presentes. Se eu lhe levar uma rosa vermelha ela dançará comigo até de madrugada. Se eu lhe der uma rosa vermelha eu a terei em meus braços, e ela deitará sua cabeça sobre o meu ombro, com sua mão presa na minha. Mas não há uma única rosa vermelha em meu jardim, de modo que ficarei abandonado em meu lugar e ela há de passar por mim. Ela nem irá me notar, e meu coração ficará partido.
- Aí está, de fato, um verdadeiro amante – disse o Rouxinol. – Ele sofre tudo o que eu canto: o que é alegria em mim, para ele é dor. Sem dúvida o amor é uma coisa maravilhosa. Ele é mais precioso do que a esmeralda e mais refinado que a opala. Nem pérolas e nem granadas podem comprar, e nem é ele exposto nos mercados. Ninguém pode comprá-lo de mercadores, nem pode ser pesadonas balanças feitas para pesar ouro.
- os músicos vão ficar em sua galeria – disse o jovem Estudante. – Tocarão seus instrumentos de cordas, e o meu amor dançará ao som da harpa e do violino. Ela irá dançar com tal leveza que seus pés nem tocarão o chão, e os cortesãos, com suas roupas alegres, ficarão amontoados em volta dela. Porém comigo ela não irá dançar, porque não lhe dei um rosa vermelha – e atirou-se na relva, enterrou o rosto entre as mãos, e chorou.
- Por que é que ele esta chorando? – perguntou o Lagartinho Verde, ao passar por ele com o rabinho empinado par ao ar.
- Por que será? – disse a Borboleta, que estava esvoaçando atrás de um raio de sol.
- É mesmo, por que será? – sussurrou uma Margarida a seu vizinho, com uma voz suave e baixinha.
- Está chorando por uma rosa vermelha – disse o Rouxinol.
Mas o Rouxinol compreendeu o segredo da tristeza do Estudante, e ficou em silêncio debaixo do carvalho, pensando sobre o mistério do Amor.
Repentinamente ele abriu as asas para voar e subiu para os ares, passando pelo bosque como uma sombra e, como uma sombra, deslizar através do jardim.
Bem no centro do gramado havia uma linda Roseira e, ao vê-la, o Rouxinol voou para ela e pousou em um ramo.
- Dê-me uma rosa vermelha – exclamou ele – que eu lhe cantarei minha mais doce canção.
Mas a roseira não estava interessada.
- Minhas rosas são brancas – respondeu. – Brancas como a espuma do mar, e mais brancas do que a neve das montanhas. Mas vá até minha irmã que cresce junto ao relógio de sol, que talvez ela lhe dê o que quer.
E então o Rouxinol voou para a Roseira que crescia ao lado do velho relógio de sol.
- Se você me der uma rosa vermelha – gritou ele -, eu canto para você minha mais doce canção.
Mas a Roseira sacudiu a cabeça.
- Minhas rosas são amarelas – respondeu ela -, tão amarelas quanto os cabelos da sereia em um trono de âmbar, e mais amarelas do que os junquilhos que florescem no campo do ceifador aparecer com sua foice. Mas pode ir até a minha irmã que cresce debaixo da janela do Estudante, que talvez ela lhe dê o que está procurando.
E então o Rouxinol voou até a Roseira que crescia debaixo da janela do Estudante.
Se você me der uma rosa vermelha – gritou ele -, eu canto para você minha mais doce canção.
Mas a Roseira sacudiu a cabeça.
Minhas rosas são vermelhas – respondeu ela -, vermelhas como os pés da bomba e mais vermelhas do que os grandes leques de coral que abanam sem parar nas cavernas do oceano. Mas o inverno congelou minhas veias, a geada cortou meus botões, a tempestade quebrou meus galhos, e não terei uma só rosa este ano.
- Eu só quero uma rosa – gritou o Rouxinol. – Apenas um rosa vermelha! Não haverá nenhum jeito de consegui-la?
- Só há um – respondeu a Roseira -, mas é tão terrível que não ouso contar.
- Pode contar – disse o Rouxinol -, eu não tenho medo.
Se quiser uma rosa vermelha – disse a Roseira -. você terá de construí-la de música ao luar, tingindo-a com o sangue do seu próprio coração. Terá de cantar para mim com seu peito de encontro a um espinho. Terá de cantar para mim a noite inteira, e o espinho terá de furar o seu coração, e o sangue que o mantém vivo terá de correr para minhas veias, transformando-se em meu sangue.
- A morte é um preço alto para se pagar por uma rosa vermelha – exclamou o Rouxinol -, e a Vida é muito cara a todos. É tão agradável ficar parado no bosque verde, olhar o Sol em seu carro de ouro, e Lua em seu carro de pérolas. Doce é o perfume do pilriteiro, doces são as campânulas que se escondem no vale, e as urzes que balançam nas colinas. No entanto, o Amor é melhor do que a Vida, e o que é o coração de um passarinho comparado como o coração de um homem?
Com isso, ele abriu as asas e lançou vôo para os ares. Passou célebre sobre o jardim e como uma sombra deslizou pelo bosque.
O jovem Estudante ainda estava deitado na relva, onde ele o havia deixado, e as lágrimas nem haviam secado de seu lindo rosto.
- Fique contente – canto-lhe o Rouxinol – fique contente. Você terá sua rosa vermelha. Eu a construirei com minha música ao luar, tingindo-a com o sangue do meu próprio coração. E só o que peço em troca é que você seja um amante fiel e verdadeiro, pois o Amor é mais sábio do que a Filosofia, embora ela seja sábia, e mais poderoso do que o Poder, embora este seja poderoso. Cor das chamas são suas asas, e cor das chamas é o seu corpo. Seus lábios são doces como o mel, seu hálito como o incenso.
O Estudante olhou para o alto e ouviu, mas não compreendeu o que o Rouxinol dizia, porque só conhecia as coisas quem vêm escritas nos livros. Mas o Carvalho compreendeu e ficou triste, porque gostava muito do Rouxinol, cuja família tinha ninho em seus ramos.
- Cante-me uma última canção – sussurrou ele -,vou sentir-me tão só quando você se for.
Então o Rouxinol cantou par ao Carvalho, e sua voz parecia a água quando sai saltitando de um jarro de prata.
Quando a canção acabou, o Estudante se levantou e tirou do bolso um caderninho de notas e um lápis.
- Ele tem forma – disse para si mesmo, enquanto caminhava pelo bosque -, isso ninguém pode negar. Mas será que tem sentimentos? Temo que não. Na verdade, deve ser como a maioria dos artistas: é todo estilo, sem qualquer sinceridade. Ela jamais se sacrificaria pelos outros. Só pensa em música, e todo mundo sabe que as artes são egoístas. Mesmo assim, é preciso admitir que a sua voz tem algumas notas lindas. Que pena não significarem, nem qualquer utilidade.
E foi para o seu quarto, onde se deitou em seu pequeno catre e, depois de pensar por algum tempo em sua amada, adormeceu.
Quando a lua começou a brilhar no céu, o Rouxinol voou para a Roseira e encostou o peito no espinho. Durante toda a noite ele cantou, como o peito no espinho, enquanto a fria Lua de cristal curvara-se para ouvir. Ele cantou a noite inteira e o espinho entrava cada vez mais fundo sem eu peito, enquanto seu sangue escorria para fora.
Primeiro ele cantou sobre o nascimento do amor no coração de um rapaz e uma moça. E no ramo mais alto da Roseira foi florescendo uma rosa maravilhosa, pétala por pétala, à medida que uma canção seguia outra. A princípio ela era pálida como a névoa que parira sobre o rio, pálida como os pés da manhã e prateada como as asas da madrugada. Como a sombra de uma rosa em um espelho de prata. Como a sombra de uma rosa em uma lagoa, assim era a rosa que floresceu no ramo mais alto da Roseira.
Mas a Roseira ficava gritando para o Rouxinol se apertar cada vez mais de encontro ao espinho.
- Aperta mais, Rouxinol! – gritava a Roseira -, se não o dia chega antes que a rosa esteja pronta.
E o Rouxinol fazia cada vez mais pressão contra o espinho, e cantava cada vez mais alto, pois estava cantando o nascimento da paixão entre a alma de um homem e uma donzela.
E um delicado enrubescer rosado apareceu nas folhas da rosa, como o enrubescer no rosto do noivo quando beija os lábios da noiva. Mas o espinho ainda não havia atingido o coração, de modo que o coração da rosa permanecia branco, pois só o sangue do coração de um Rouxinol pode deixar rubro o coração de uma rosa.
E a Roseira gritava para o Rouxinol enfiar mais e mais o peito de encontro ao espinho.
- Mais ainda, pequeno Rouxinol – gritava a Roseira -, se não o dia chega antes de a rosa estar pronta.
E o Rouxinol foi se apertando cada vez mais de encontro ao espinho, e o espinho tocou-lhe o coração, e um terrível golpe de dor passou por toda a avezinha. A dor era horrível, horrível, e a canção foi ficando cada vez mais enlouquecida, pois agora ele cantava o Amor que ficava perfeito com a Morte, o Amor que não morre no túmulo.
E a rosa maravilhosa ficou rubra, como a rosa do céu do oriente. Rubro era todo o círculo de pétalas, e rubro como um rubi era seu coração.
Mas a voz do Rouxinol foi ficando mais fraca, suas asinhas começar a se debater, e uma névoa cobriu seus olhos. Cada vez mais fraca foi ficando sua canção, e ele sentiu alguma coisa que sufocava sua garganta.
E então ele soltou uma última porção de música. A Lua branca ouvi-a e se esqueceu da madrugada, ficando no céu. A rosa também ouviu, estremeceu toda em êxtase, e abriu suas pétalas ao ar frio da manhã. O eco levou-a até sua caverna púrpura nas colinas e despertou de seus sonhos os pastores que dormiam. Ela flutuou até os juncos dos rio, e estes levaram a mensagem par ao mar.
- Veja, veja! – gritou a Roseira. – Agora a Rosa está pronta.
Mas o Rouxinol não respondeu, pois tinha caído morto no meio da relva, como o espinho atravessado no peito.
Ao meio-dia o Estudante abriu sua janela e olhou para fora.
- Ora, mas que sorte maravilhosa! – exclamou ele. – Eis ali uma rosa vermelha. Jamais vi rosa como essa em toda a minha vida. É tão bonita que estou certo de que deve ter algum nome em latim! – e, debruçando-se, colheu-a
Depois ele botou o chapéu e correu para a casa do Professor, com a rosa na mão.
A filha do Professor estava sentada na porta, enrolando um fio de seda azul em um novelo, como o cachorrinho deitado a seus pés.
Você disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse um a rosa vermelha – exclamou o Estudante. – Aqui está a rosa mais vermelha do mundo inteiro. Use-a junto ao seu coração hoje à noite, e enquanto estivermos dançando eu lhe direi o quanto a amo.
Mas a moça franziu o cenho.
- Receio que ela não combine com o meu vestido respondeu. – E, além do mais, o sobrinho do Camerlengo mandou-me uma jóia de verdade, e todos sabem que as jóias custam muito mais do que as flores.
- Você é muito ingrata. – disse o Estudante com raiva, e atirou a rosa na rua, onde ela caiu em uma sarjeta e uma carroça acabou passando por cima.
- Ingrata? – disse a moça. – Pois fique sabendo que você é muito rude e, afinal, quem é você? Apenas um estudante. Ora, não creio sequer que tenha fivelas de prata para seus sapatos, como as que tem o sobrinho do Camerlengo – e, levantando-se de sua cadeira, entrou na casa.
- Que coisa tola é o amor! – disse o Estudante, enquanto se afastava. – Não tem a metade da utilidade da Lógica, pois não prova nada, e fica sempre dizendo a todo mundo coisas que não vão acontecer, fazendo com que acreditemos em coisas que não são verdade. Enfim, não é nada prático e, como hoje em dia ser prático é o importante, vou voltar à Filosofia e estudar Metafísica.
E voltou para seu quarto, onde pegou um enorme livro todo empoeirado e começou a ler.
(Oscar Wilde - Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde, um dos maiores escritores do século XIX. Nascido em Dublin, Irlanda. Era filho de um médico e uma escritora e desde criança sempre esteve rodeado pelos maiores intelectuais da época)
domingo, novembro 28, 2004
O Sapo Apaixonado
Certo dia um sapo acorda se sentindo muito estranho. Sentia uns calafrios, outra hora umas ondas de calor e já não sabia se estava alegre ou triste. Passava as noites perambulando. Dentro do seu peito tinha alguma coisa que fazia tum-tum de forma descompassada, feito uma bateria de escola de samba sem ensaio. Sabendo que o Seu Coelho era um animal muitíssimo letrado, resolveu consultá-lo para ver se descobria qual era o seu mal.
- Seu Coelho, não sei o que está havendo comigo...
- Ah, Seu Sapo, o que faz tum-tum no seu peito é o seu coração, o meu também faz e não estou doente!
- Mas, Seu Coelho, às vezes ele bate mais depressa que o normal... Ele faz assim: um-dois, um-dois...
- Ahá!!!!! Você está apaixonado!!!!!!
- APAIXONADO ??????????????? – espantou-se o sapo. Uau! Estou apaixonado!!!!!!!
O sapo saiu da casa do Seu Coelho todo animado, até que pensou: - Ué, mas por quem será que estou apaixonado??? Pela Sapa não é! Pela perereca não é! Pela macaca, girafa, lagarta? Também não! Ah, já sei!! Estou apaixonado pela Dona Pata!! Ela é tão linda e tão simpática!! Mas será que ela vai gostar de mim?? Eu sou todo verde e ela tão branquinha... branca...
Pensando em agradar sua amada, o sapo foi até sua casa e desenhou um lindo coração para dar à Dona Pata. Pegou também um buquê de flores do campo para entregar junto com o desenho, mas faltou coragem. Seu coração batia forte: tum-tum, tum-tum, tum-tum. Então ele foi até a casa dela, durante a noite, mas a falta de coragem não deixou ele entregar pessoalmente. Então, esperou que ela se deitasse, que a luz se apagasse, que a noite chegasse e deixou o buquê na soleira, e o coração ele colocou por debaixo da porta . A noite passou, a pata acordou e quando viu o desenho na manhã seguinte, ficou toda encantada:- Meu Deus, que coisa mais linda!!!!! E olhe aqui na soleira, um buquê de flores!!!! Quem será que está me mandando estes presentes????
De tanto pensar na Dona Pata, o sapo apaixonado já não comia, já não dormia, caiu de cama !!!!! Os animais todos da floresta estavam preocupados com ele, e Seu Coelho convidou a Dona Pata para visitá-lo.
Chegando lá, ela foi logo cuidando do Seu Sapo, levou um prato de sopa, um suco de laranja, ajeitou o travesseiro dele dizendo:
- O que está havendo Seu Sapo?? Estou muito preocupada, pois gosto muito de você e...
O sapo não deixou a Pata terminar. Encheu-se de coragem e foi falando:
- Pata querida, eu também gosto muito de você, aliás, estou apaixonado, e é por isso que estou doente.
Deste dia em diante, o Sapo e a Pata começaram a namorar, e até hoje o coração dos dois está fazendo tum-tum, só que agora juntinhos. E do casamento do Sapo com a Pata, nasceram os Sapatos e as Sapatas!!!
- Seu Coelho, não sei o que está havendo comigo...
- Ah, Seu Sapo, o que faz tum-tum no seu peito é o seu coração, o meu também faz e não estou doente!
- Mas, Seu Coelho, às vezes ele bate mais depressa que o normal... Ele faz assim: um-dois, um-dois...
- Ahá!!!!! Você está apaixonado!!!!!!
- APAIXONADO ??????????????? – espantou-se o sapo. Uau! Estou apaixonado!!!!!!!
O sapo saiu da casa do Seu Coelho todo animado, até que pensou: - Ué, mas por quem será que estou apaixonado??? Pela Sapa não é! Pela perereca não é! Pela macaca, girafa, lagarta? Também não! Ah, já sei!! Estou apaixonado pela Dona Pata!! Ela é tão linda e tão simpática!! Mas será que ela vai gostar de mim?? Eu sou todo verde e ela tão branquinha... branca...
Pensando em agradar sua amada, o sapo foi até sua casa e desenhou um lindo coração para dar à Dona Pata. Pegou também um buquê de flores do campo para entregar junto com o desenho, mas faltou coragem. Seu coração batia forte: tum-tum, tum-tum, tum-tum. Então ele foi até a casa dela, durante a noite, mas a falta de coragem não deixou ele entregar pessoalmente. Então, esperou que ela se deitasse, que a luz se apagasse, que a noite chegasse e deixou o buquê na soleira, e o coração ele colocou por debaixo da porta . A noite passou, a pata acordou e quando viu o desenho na manhã seguinte, ficou toda encantada:- Meu Deus, que coisa mais linda!!!!! E olhe aqui na soleira, um buquê de flores!!!! Quem será que está me mandando estes presentes????
De tanto pensar na Dona Pata, o sapo apaixonado já não comia, já não dormia, caiu de cama !!!!! Os animais todos da floresta estavam preocupados com ele, e Seu Coelho convidou a Dona Pata para visitá-lo.
Chegando lá, ela foi logo cuidando do Seu Sapo, levou um prato de sopa, um suco de laranja, ajeitou o travesseiro dele dizendo:
- O que está havendo Seu Sapo?? Estou muito preocupada, pois gosto muito de você e...
O sapo não deixou a Pata terminar. Encheu-se de coragem e foi falando:
- Pata querida, eu também gosto muito de você, aliás, estou apaixonado, e é por isso que estou doente.
Deste dia em diante, o Sapo e a Pata começaram a namorar, e até hoje o coração dos dois está fazendo tum-tum, só que agora juntinhos. E do casamento do Sapo com a Pata, nasceram os Sapatos e as Sapatas!!!
Livre adaptação do livro "O sapo apaixonado" de Max Velthuijs - Recontado por James Silva
OS COMPADRES CORCUNDAS
Era uma vez, dois compadres corcundas, um Rico outro Pobre. O povo do lugar vivia zombando da corcunda Pobre e não reparava no Rico. A situação do Pobre andava preta, e ele era caçador.
Certo dia, sem conseguir caçar nada, já tardinha, sem querer voltar para casa, resolveu dormir ali mesmo no mato. Quando já ia pegando no sono ouviu uma cantiga ao longe, como se muita gente cantasse ao mesmo tempo.
Saiu andando, andando, no rumo da cantiga que não parava. Depois de muito andar, chegou numa clareira iluminada pelo luar, e viu uma roda de gente esquisita, vestida de diamantes que brilhavam com a lua. Velhos, rapazes, meninos, todos cantavam e dançavam de mãos dadas, o mesmo verso, sem mudar: Segunda, Terça-feira, Vai, vem! Segunda, Terça-feira, Vai, vem!
Tremendo de medo, escondeu-se numa moita e ficou assistindo aquela cantoria que era sempre a mesma, durante horas.
Depois ficou mais calmo e foi se animando, e como era metido a improvisador, entrou no meio da cantoria entoando: Segunda, Terça-feira, Vai, vem! E quarta e quinta-feira, Meu, bem!
Calou-se tudo imediatamente e aquele povo espalhou-se procurando quem havia falado. Pegaram o corcunda e o levaram para o meio da roda. Um velhão então perguntou com voz delicada:
- Foi você quem cantou o verso novo da cantiga?
- Fui eu, sim Senhor!
- Quer vender o verso? - perguntou então o Velhão. - Quero sim, senhor. Não vendo não, mas dou de presente porque gostei demais do baile animado.
O Velho achou graça e todo aquele povo esquisito riu também.
- Pois bem - disse o Velhão - uma mão lava a outra. Em troca do verso eu te tiro essa corcunda e esse povo te dá um Bisaco novo!
Passou a mão nas costas do caçador e a corcunda sumiu. Lhe deram um Bisaco novo e disseram que só o abrisse quando o sol nascesse.
O Caçador meteu-se na estrada e foi embora. Assim que o sol nasceu abriu o bisaco e o encontrou cheio de pedras preciosas e moedas de ouro.
No outro dia comprou uma casa com todos os móveis, comprou uma roupa nova e foi à missa porque era domingo. Lá na igreja encontrou o compadre rico, também corcunda. Este quase caiu de costas, assombrado com a mudança. Mais espantado ficou quando o compadre, antes pobre e agora rico, contou tudo que aconteceu ao compadre rico.
Então cheio de ganância, o rico resolveu arranjar ainda mais dinheiro e livrar-se da corcunda nas costas.
Esperou uns dias e depois largou-se no mato. Tanto fez que ouviu a cantoria e foi na direção da toada. Achou o povo esquisito dançando numa roda e cantando: Segunda, Terça-feira, Vai, vem! Quarta e quinta-feira, Meu, bem!
O Rico não se conteve. Abriu o par de queixos e foi logo berrando: Sexta, Sábado e Domingo, Também!
Calou-se tudo novamente. O povo esquisito voou para cima do atrevido e o levaram para o meio da roda onde estava o velhão. Esse gritou, furioso:
- Quem mandou se meter onde não é chamado seu corcunda besta? Você não sabe que gente encantada não quer saber de Sexta-feira, sábado e domingo? Não sabia? Pois fique sabendo!
E para que não se esqueça da lição, leve a corcunda que deixaram aqui e suma-se da minha vista senão acabo com seu couro!
O Velhão passou a mão no peito do corcunda e deixou ali a corcunda do compadre pobre. Depois deram uma carreira no homem, que ele não sabe como chegou em casa.
E assim viveu o resto da sua vida, rico, mas com duas corcundas, uma na frente e outra atrás, para não ser ambicioso.
Conto de origem européia, levemente adaptado pelos brasileiros.
Certo dia, sem conseguir caçar nada, já tardinha, sem querer voltar para casa, resolveu dormir ali mesmo no mato. Quando já ia pegando no sono ouviu uma cantiga ao longe, como se muita gente cantasse ao mesmo tempo.
Saiu andando, andando, no rumo da cantiga que não parava. Depois de muito andar, chegou numa clareira iluminada pelo luar, e viu uma roda de gente esquisita, vestida de diamantes que brilhavam com a lua. Velhos, rapazes, meninos, todos cantavam e dançavam de mãos dadas, o mesmo verso, sem mudar: Segunda, Terça-feira, Vai, vem! Segunda, Terça-feira, Vai, vem!
Tremendo de medo, escondeu-se numa moita e ficou assistindo aquela cantoria que era sempre a mesma, durante horas.
Depois ficou mais calmo e foi se animando, e como era metido a improvisador, entrou no meio da cantoria entoando: Segunda, Terça-feira, Vai, vem! E quarta e quinta-feira, Meu, bem!
Calou-se tudo imediatamente e aquele povo espalhou-se procurando quem havia falado. Pegaram o corcunda e o levaram para o meio da roda. Um velhão então perguntou com voz delicada:
- Foi você quem cantou o verso novo da cantiga?
- Fui eu, sim Senhor!
- Quer vender o verso? - perguntou então o Velhão. - Quero sim, senhor. Não vendo não, mas dou de presente porque gostei demais do baile animado.
O Velho achou graça e todo aquele povo esquisito riu também.
- Pois bem - disse o Velhão - uma mão lava a outra. Em troca do verso eu te tiro essa corcunda e esse povo te dá um Bisaco novo!
Passou a mão nas costas do caçador e a corcunda sumiu. Lhe deram um Bisaco novo e disseram que só o abrisse quando o sol nascesse.
O Caçador meteu-se na estrada e foi embora. Assim que o sol nasceu abriu o bisaco e o encontrou cheio de pedras preciosas e moedas de ouro.
No outro dia comprou uma casa com todos os móveis, comprou uma roupa nova e foi à missa porque era domingo. Lá na igreja encontrou o compadre rico, também corcunda. Este quase caiu de costas, assombrado com a mudança. Mais espantado ficou quando o compadre, antes pobre e agora rico, contou tudo que aconteceu ao compadre rico.
Então cheio de ganância, o rico resolveu arranjar ainda mais dinheiro e livrar-se da corcunda nas costas.
Esperou uns dias e depois largou-se no mato. Tanto fez que ouviu a cantoria e foi na direção da toada. Achou o povo esquisito dançando numa roda e cantando: Segunda, Terça-feira, Vai, vem! Quarta e quinta-feira, Meu, bem!
O Rico não se conteve. Abriu o par de queixos e foi logo berrando: Sexta, Sábado e Domingo, Também!
Calou-se tudo novamente. O povo esquisito voou para cima do atrevido e o levaram para o meio da roda onde estava o velhão. Esse gritou, furioso:
- Quem mandou se meter onde não é chamado seu corcunda besta? Você não sabe que gente encantada não quer saber de Sexta-feira, sábado e domingo? Não sabia? Pois fique sabendo!
E para que não se esqueça da lição, leve a corcunda que deixaram aqui e suma-se da minha vista senão acabo com seu couro!
O Velhão passou a mão no peito do corcunda e deixou ali a corcunda do compadre pobre. Depois deram uma carreira no homem, que ele não sabe como chegou em casa.
E assim viveu o resto da sua vida, rico, mas com duas corcundas, uma na frente e outra atrás, para não ser ambicioso.
Conto de origem européia, levemente adaptado pelos brasileiros.
O PAVÃO ABRE-E-FECHA
Um pavão se pavoneava na beira do lago, se olhava na água e se perguntava:
- Sou feio? Sou bonito?
Quando via a cauda aberta em leque, toda verde, roxa e azul-brilhante, se achava
lindo e elegante.
Mas quando olhava os pés e seu andar desajeitado, ficava até desanimado. E se escondia envergonhado.
Um dia, ele recebeu um convite para uma festa do céu, que devia ser mais bonita que a tal do sapo. Abriu e perguntou:
- Será que isso é bom? Será que isso é ruim?
Sempre que precisava ter opinião, ficava assim.
- Claro que é bom – disse o pombo-correio. – Festa é sempre bom.
E ele achou que era bom.
Abriu a cauda e ficou se pavoneando. Depois, ensaiou uns passos de dança. E ouviu
as gargalhadas de um tangará dançarino que, bem ao seu lado, que treinava para a festança:
- Que bicho mais desajeitado! Este baile vai ser engraçado...
Ficou todo sem graça e se fechou.
Aí chegou um pardal e assim falou:
- Que tristeza é essa?
- É que eu danço esquisito...
- E quem vai reparar nisso num bicho tão bonito?
E o pavão, elogiado, abriu a cauda com pena pra todo lado.
Mas, de mau jeito, acabou perdendo uma, lá no canto direito.
Foi uma tristeza danada. E lá ficou de novo, todo encolhido, de cara amarrada.
- Por que todo esse aborrecimento? – perguntou o periquito, que passava nesse momento.
- Perdi uma pena e isso é ruim.
- Ruim uma ova. É sinal de que vai ganhar outra bem nova.
Com isso, o pavão se animou e abriu seu leque.
Aí chegou o bem-te-vi e riu muito moleque:
- Olha o pavão de rabo banguela!
Já se sabe: o pavão encolheu a cauda, tratou se sumir com ela.
E ficou assim a tarde toda, abrindo e fechando, abrindo e fechando, mudando de
idéia com cada bicho que ia encontrando.
No fim do dia estava vesgo, suado, cansado, espandongado, de língua de fora, exausto de abrir e fechar toda hora.
Resolveu: não ia mais. Mas também não ficava ali para todo mundo rir dele. Viu uma moita e se escondeu atrás.
Aí ouviu uma conversa do outro lado:
- Nem agüento mais esperar o baile. Que festança vai ser essa...
- É mesmo! Comida boa, água fresquinha, muitos amigos e música à beça...
O pavão foi até lá, ver quem tinha tanta animação.
Não era pássaro colorido, nem dançarino, nem de boa canção.
Era um casal de urubus.
Foi a vez do pavão rir deles, abrindo suas penas verdes e azuis.
- Vocês não se envergonham? Feios assim e cheirando ruim?
Quando vocês dançarem, todo mundo vai rir.
- Vai nada... – respondeu o urubu. – Todo mundo está mais ocupado, tratando de comer e beber, de cantar, de se ver e conversar. E se alguém quiser, pode rir. Não por isso que vou deixar de me divertir.
E a urubua completou:
- E tem mais: não tem essa de feio e fedorento, não, ouviu?
Urubu é tão bonito, da cor do Jamelão e do jaguar, da jabuticaba e da noite sem luar...
Enquanto o pavão abria o bico e se espantava, ela continuava:
- Você é que é feioso, com esse rabo escandaloso, abrindo e fechando que nem gaveta. E nem ao menos é de cor preta. Todo esse verde, roxo e azul, cheio de bolinha...
Mas a última coisa que disse foi com um sorriso matreiro e olhar dengoso:
- O que vale é que você tem uns pés que são mesmo uma gracinha... E depois, isso de bonito ou feio é só questão de recheio.
Aí o pavão teve que rir.
E depois que os dois saíram voando, ele ficou pensando:
- Feiúra de lixo ou beleza de artista não depende do bicho, mas do ponto de vista. Cada um é diferente e o que importa é mesmo a gente. E lá foi ele animadíssimo para uma festa bem divertida.
Ainda bem. Se não, ficava naquele abre-e-fecha toda vida.
(Livre Adaptação de O pavão-abre-e- fecha de Ana Maria Machado)
terça-feira, novembro 23, 2004
Alguns toques para Contar Histórias”
Estabelecendo diferenças entre os tipos de histórias :
Sagas: contam a história de um povo, seus feitos heróicos e suas lutas.
Lendas: narram histórias que supostamente se baseiam em fatos reais culturais.
Fábulas: tem intenção pedagógica, tendo sempre um final com fundo moral. Na maioria das vezes as personagens são animais que assumem atitudes humanas.
Contos: são narrativas simples, repletas de símbolos. Propõem em situações inusitadas, conflitos do dia-a dia, geralmente solucionados de forma satisfatória, criando assim, uma segurança que pode ser alcançada quando o receptor se deparar com um problema semelhante.
Por que contar histórias?
Ouvir histórias proporciona gosto pela leitura. O ouvinte irá imaginar tudo aquilo que está ouvindo, e “fabular”, ou seja, criar de uma forma individual aquilo que está sendo ouvido pelo grupo (transformando o que ouve em imagem). A partir daí vai interessar-se pela origem daquela história, e buscar outras, tomando contato com a literatura, e fazendo-se contador de histórias também.
Segundo Elite Ribeiro Valotto, “...As histórias são um poderoso recurso de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral que pode ser utilizado como recurso auxiliar da manutenção da saúde mental do indivíduo em crescimento.(...) As histórias recreiam, distraem, descarregam as tensões, aliviam sobrecargas emocionais e auxiliam muitas vezes , a resolver conflitos emocionais próprios...” (1998, p. 16)
Como contar?
“Para se contar uma história é necessário que se possua um mínimo de habilidade natural ou adquirida através do treino e conhecimento técnico. Um bom contador de histórias deve:
- Gostar da história que irá contar;
- Levar em consideração a idade dos ouvintes;
- Conhecer e estudar bem a história para ter autonomia durante o relato, até para improvisações se necessário for;
- Providenciar ilustrações;
- Preparar o ambiente de narração, levando todos à calma e a uma condição de conforto e aconchego que propiciem a atividade;
- Provocar emoção;
- Ter presente que, sempre respeitando o grau de estímulo das crianças, as histórias podem se transformar em subsídios para uma continuidade de atividades além da história.” (Valotto, 1998, p. 18)
Alguns toques importantes:
- Para ser um bom contador é preciso ser um bom escutador também;
- Cenários e fantasias podem ser utilizados para ilustrar a história, mas são opcionais, pois, se você acreditar que é um Rei, não vai precisar usar um manto ou coroa, as crianças vão acreditar que você é um Rei.
- NÃO TER VERGONHA;
- Ter estilo próprio (não se preocupar em imitar alguém)
Referência Bibliográfica e dica de leitura:
VALOTTO, Elite Ribeiro. Contando e encantando, Ed. Ave Maria. São Paulo. 2.ed.
1998.
COELHO, Betty. Contar histórias, uma arte sem idade.Ed. Ática. São Paulo, 1991.
Sagas: contam a história de um povo, seus feitos heróicos e suas lutas.
Lendas: narram histórias que supostamente se baseiam em fatos reais culturais.
Fábulas: tem intenção pedagógica, tendo sempre um final com fundo moral. Na maioria das vezes as personagens são animais que assumem atitudes humanas.
Contos: são narrativas simples, repletas de símbolos. Propõem em situações inusitadas, conflitos do dia-a dia, geralmente solucionados de forma satisfatória, criando assim, uma segurança que pode ser alcançada quando o receptor se deparar com um problema semelhante.
Por que contar histórias?
Ouvir histórias proporciona gosto pela leitura. O ouvinte irá imaginar tudo aquilo que está ouvindo, e “fabular”, ou seja, criar de uma forma individual aquilo que está sendo ouvido pelo grupo (transformando o que ouve em imagem). A partir daí vai interessar-se pela origem daquela história, e buscar outras, tomando contato com a literatura, e fazendo-se contador de histórias também.
Segundo Elite Ribeiro Valotto, “...As histórias são um poderoso recurso de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral que pode ser utilizado como recurso auxiliar da manutenção da saúde mental do indivíduo em crescimento.(...) As histórias recreiam, distraem, descarregam as tensões, aliviam sobrecargas emocionais e auxiliam muitas vezes , a resolver conflitos emocionais próprios...” (1998, p. 16)
Como contar?
“Para se contar uma história é necessário que se possua um mínimo de habilidade natural ou adquirida através do treino e conhecimento técnico. Um bom contador de histórias deve:
- Gostar da história que irá contar;
- Levar em consideração a idade dos ouvintes;
- Conhecer e estudar bem a história para ter autonomia durante o relato, até para improvisações se necessário for;
- Providenciar ilustrações;
- Preparar o ambiente de narração, levando todos à calma e a uma condição de conforto e aconchego que propiciem a atividade;
- Provocar emoção;
- Ter presente que, sempre respeitando o grau de estímulo das crianças, as histórias podem se transformar em subsídios para uma continuidade de atividades além da história.” (Valotto, 1998, p. 18)
Alguns toques importantes:
- Para ser um bom contador é preciso ser um bom escutador também;
- Cenários e fantasias podem ser utilizados para ilustrar a história, mas são opcionais, pois, se você acreditar que é um Rei, não vai precisar usar um manto ou coroa, as crianças vão acreditar que você é um Rei.
- NÃO TER VERGONHA;
- Ter estilo próprio (não se preocupar em imitar alguém)
Referência Bibliográfica e dica de leitura:
VALOTTO, Elite Ribeiro. Contando e encantando, Ed. Ave Maria. São Paulo. 2.ed.
1998.
COELHO, Betty. Contar histórias, uma arte sem idade.Ed. Ática. São Paulo, 1991.
James Silva
Ator / Arte-Educador / Contador de Histórias
Oficinas / Contação de Histórias / Assessoria em Projetos Culturais
Mauá - SP - Brasil
(11) 8251-8623 ou 7874-2985 ID 84*80751
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